Com uma das tarifas mais altas do Brasil, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é uma das cidades brasileiras onde o investimento em energia solar é mais vantajoso. Segundo o  levantamento de dados, os consumidores da cidade recuperam em 2,79 anos o que investiram em sistemas de geração própria de energia solar fotovoltaica, superando Teresina, que lidera o ranking das capitais brasileiras, com retorno em 2,86 anos. O Rio de Janeiro, ocupa o oitavo lugar no ranking das capitais, com prazo para retorno dos investimentos de 3,18 anos, enquanto São Paulo aparece na 24ª posição. Rio Branco, no Acre, é a capital onde o retorno é mais demorado: 6,63 anos.

O Índice Comerc Solar leva em conta as tarifas cobradas pelas distribuidoras, incluindo os impostos, e a incidência solar de cada cidade. Como a vida útil das placas fotovoltaicas é de 25 anos, em média, esses números demonstram que o investimento vale a pena: no caso de Niterói, segundo alguns cálculos, o consumidor usufruiria de energia gratuita por cerca de 22 anos.

Devido aos reajustes na conta de luz, a procura por energias alternativas em residências e pequenos negócios (consumidores de baixa tensão) tiveram um aumento significativo,só neste ano variaram de 9,3% a 21,44%. Agora, com a redução do custo de instalação e geração de energia solar pelos próprios consumidores e dos prazos de recuperação desse investimento, a tendência é que a procura aumente ainda mais. Os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mostram que o número de unidades de geração solar fotovoltaica de geração distribuída mais que dobrou este ano, passando de 16,4 mil em janeiro para 34 mil. No mesmo período, a potência instalada saltou de 136 mil megawatts (MW) para 329 MW. Isso equivale à geração de energia de 30 pequenas hidrelétricas, ou de três usinas de porte médio.

Um sistema de geração solar fotovoltaica pode ser instalado em qualquer casa ou prédio, seja residencial, comercial ou industrial, de baixa ou alta tensão. É necessário ter um espaço para a instalação dos painéis. Caso não haja espaço físico pode ser adotada a gestão compartilhada, no qual um grupo de investidores pode instalar o sistema em outro local, desde que atendido pela mesma distribuidora de energia. Cada um receberá os créditos equivalentes à energia gerada em suas contas de luz. O sistema gera energia mesmo sem sol, porque funciona pela radiação.

 

Fonte: O Globo