A energia elétrica teve o maior aumento entre os serviços pesquisados. Depois da deflação de 0,35% em Julho, os preços subiram novamente para os consumidores de Florianópolis, com alta de 0,60%. Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV/Udesc/Esag), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag). Esse índice leva em conta o consumo de famílias da Capital com renda de 1 a 20 salários mínimos, comparando 319 itens. Os dados foram coletados entre 1º e 31 de agosto.

O maior impacto veio em Agosto referente aos serviços públicos (alta de 3%), em razão dos reajustes nas tarifas de energia elétrica (11,9%) e de água e esgoto (4,4%). A inflação local acumulada de Janeiro à Agosto de 2018 é de 3,73%. Já o acumulado dos últimos 12 meses ultrapassou os 5% (o que não acontecia desde fevereiro de 2017), voltando a ficar acima da meta estabelecida pelo Banco Central para a inflação nacional, de 4,5%.

Tarifas públicas

De acordo com o coordenador do cálculo do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, os principais preços no grupo de serviços públicos e de utilidade pública que impactam a inflação são os de transporte coletivo, energia elétrica e saneamento (água e esgoto). O último reajuste das tarifas de ônibus ocorreu em no mês de Janeiro.

No que se refere as concessionárias de energia elétrica (Celesc) e de água e esgoto (Casan) reajustam suas tarifas uma vez por ano, conforme as regras das agências reguladoras a que são submetidas.

Outros preços

Houve uma alta em todos os outros grupos de preços pesquisados (alimentação, produtos não alimentares e serviços privados), mas em nível menor (entre 0,24 e 0,50%). O grupo alimentação, como um todo, teve alta de 0,5%, mas com grande variação entre os subgrupos. Comer fora de casa, ficou em média 3,53% mais caro.

Já os alimentos que as pessoas comem em casa tiveram um aumento médio de 0,41%. Porém na prática, dentro desse grupo, apenas os produtos industrializados tiveram uma alta (1,94%). Houve queda nos preços dos produtos in natura (-4,2%) e de elaboração primária (-1%), incluindo o leite (-4,6%).

Os produtos não alimentares tiveram uma alta média de 0,42%, mas também houve variações para cima e para baixo nos itens desse grupo. O preço dos combustíveis caiu 1,57%, compensando o aumento registrado em julho (1,35%). Já os serviços privados tiveram alta de 0,24%.

 

Fonte: Diário Catarinense