Em busca de melhor qualidade e economia na fatura, uma grande parcela de brasileiros segue uma tendência mundial e produz a própria energia. Nos últimos anos, mais de 50 mil pessoas ou empresas montaram seus próprios pontos de produção e aderiram ao modelo de Geração Distribuída (GD). Qualquer um dos consumidores no país, podem fazer a escolha por essa opção.
Essa forma tem sido vista com bons olhos, não só porque beneficia os consumidores, mas porque é muito vantajoso para o meio ambiente. Ele proporciona menor gasto e melhor eficiência energética, a geração distribuída tem baixo impacto ambiental. O ambiente é beneficiado devido a geração distribuída fazer a utilização de fontes limpas e renováveis. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar predomina no país, com 79%. As centrais geradoras hidrelétricas, com capacidade para até 5 megawatts, vêm na segunda posição do ranking, com 11%.
Para o país, a geração distribuída tem importância fundamental no desenvolvimento energético, econômico e socioambiental. Existe a geração comprovada de empregos, principalmente nas instalações dos sistemas que são feitos manualmente na maioria dos casos e a diminuição dos impactos que as fontes não renováveis causam.
Em alta em grandes centros urbanos
Em razão de todos esses benefícios, os especialistas acreditam no crescimento do número de adeptos da Geração Distribuída. Segundo o diretor de Regulação e Tecnologia da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Leonardo Caio Filho, as vantagens com redução de perda e problemas de confiabilidade devem fazer o sistema ser cada vez mais presente, especialmente em grandes centros metropolitanos. Com mais edifícios corporativos, hotéis e shoppings para consumir, pode haver uma saturação da rede já existente.
A cogeração é quando, com um mesmo combustível são geradas mais de uma forma de energia. No caso, com gás natural se produz eletricidade e energia térmica, que pode ser usada para aquecer água ou resfriar o sistema de refrigeração de um prédio, por exemplo. “Você otimiza a geração global”, aponta Caio Filho.
Para o gerente de Estratégia e Competitividade da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Marcelo Mendonça, a cogeração ainda é pouco explorada no Brasil. Atualmente são consumidos 3 milhões de metros cúbicos por dia em 107 plantas.
Para o engenheiro e sócio da aflalo/gasperini arquitetos, Roberto Aflalo Filho, faz todo o sentido para as cidades a utilização de sistemas autossuficientes. Com o elevado crescimento do consumo, ele aponta que ou a capacidade da rede terá que ser aumentada, ou haverá sobrecarga. E esses sistemas individuais devem ter como foco as fontes renováveis, em especial a solar fotovoltaica.
Fonte: G1