A inflação acelerou no mês de julho e subiu 0,96% em relação ao mês de junho. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (10), é a maior alta para o mês desde 2002, quando registrou 1,19%.

O avanço é resultado, principalmente, do aumento na conta de luz, em razão do reajuste da bandeira tarifária, e da alta nos preços de combustíveis.

Com o resultado, o indicador permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida para o ano. A meta de inflação do Banco Central para 2021 é de 3,75%, podendo variar entre 2,2% e 5,25%.

Analistas do mercado projetavam alta de 0,93% para o mês e 8,97% em 12 meses. Para eles, já era esperado que itens como energia e combustíveis pressionassem o indicador. Isso porque começam a se refletir o recente reajuste da Petrobras, nos preços da gasolina, diesel, gás de botijão e gás canalizado, e o reajuste de 52% no valor da bandeira tarifária de energia pela Aneel, que impactam o consumidor.

Impacto sobre os juros

O resultado dessa alta dos preços sobre o IPCA é um avanço do indicador em 12 meses, o que tem feito o Banco Central subir a Selic, taxa de juros básica da economia, hoje em 5,25% ao ano.

Como o efeito de uma alteração na Selic leva de seis a nove meses para chegar à economia real, analistas avaliam que a inflação em 2021 ficará acima do teto da meta, mas ainda acreditam que a inflação voltará aos trilhos em 2022.

Segundo último Boletim Focus divulgado na segunda-feira, a previsão de analistas do mercado para a inflação de 2021 subiu de 6,79% para 6,88%. Já a expectativa sobre a inflação de 2022 passou de 3,81% para 3,84%. A meta de inflação do ano que vem está fixada em 3,5%.

 

Fonte: Economia. Ig.