Nesse contexto, é animadora a perspectiva revelada esta semana pela Sema de que até o final do ano serão concluídas mais 34 obras de ampliação da estrutura eólica – 14 subestações e 20 linhas de transmissão. Este avanço decorre também da remoção gradativa de entraves burocráticos e ambientais que vinham impedindo o setor de crescer.
Resultado de parcerias inteligentes entre o poder público e a iniciativa privada, os investimentos na geração de energia limpa, extraída do vento e do sol, movimentam a economia, criam novos postos de trabalho e – o mais importante – contribuem para a preservação do meio ambiente. Ainda que os grandes geradores eólicos e suas pás giratórias causem um certo contraste com o visual de campos e lagoas onde estão sendo instalados, é consolador saber que a energia produzida por eles reduz o impacto ambiental e social das hidrelétricas e termelétricas, que continuam sendo as principais fontes de geração de energia no Brasil e no mundo. Mais ventiladores e placas solares equivalem a menos rios represados, menos árvores derrubadas e menos poluição por gases que causam o efeito estufa no planeta.
A energia eólica avança mais do que a fotovoltaica pela questão do custo. Embora a radiação solar seja ampla e permanente na maior parte do território brasileiro, a transformação da luz e do calor natural em energia para consumo ainda não atingiu o patamar da popularização.
Mas já é um investimento com retorno garantido para os usuários residenciais e proprietários de comércio, pequenas indústrias e propriedades rurais. Os fornecedores prometem economia de até 95% da conta de luz, o que, com as tarifas atuais, garante retorno mais rápido para o investimento.
Além disso, o sistema fotovoltaico proporciona outras vantagens aos consumidores, tais como a longa vida útil da tecnologia (até 25 anos, de acordo com alguns fornecedores), a baixa manutenção, a facilidade de instalação e a geração silenciosa, por utilizar processo fotoquímico e não mecânico.
Terceiro Estado do país com mais geradores solares instalados, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Rio Grande do Sul tem potencial para crescer exponencialmente.
Como a demanda por eletricidade cresce cada vez mais em todo o mundo, impulsionada pela dependência humana deste recurso e também pela expansão da tecnologia, é confortador saber que o Estado mantém sintonia fina com processos de produção e distribuição de energia sustentável – ainda que precise incorporar a sua paisagem estranhos moinhos de vento e espelhos solares.
Fonte: Desconhecida.