Reflexões quanto ao uso mais eficiente da energia devem fazer parte das prioridades não apenas de governos, consumidores e grandes corporações. Pequenas e médias empresas (PMEs) também devem estar alinhadas ao propósito de um planeta mais sustentável e ainda se beneficiarem com uma melhor gestão dos custos do negócio.

O aumento da rentabilidade de um negócio, seja qual for o setor ou o porte do empreendimento, pode vir da redução de desperdícios de itens que fazem parte do dia a dia. Muitas vezes, o desperdício de água, de matérias-primas e de energia passa desapercebido pelos gestores, mas pode ter um impacto relevante nos números, ainda mais em um período em que os ganhos de eficiência se mostram mais desafiadores por causa dos efeitos da pandemia na economia.

Além da mudança de hábito, é possível contar com uma série de recursos – de equipamentos a aplicativos – para reduzir os gastos com a conta de luz. A redução das despesas, dependendo da tecnologia utilizada, pode compensar os investimentos em menos de um ano. A energia está entre os três itens que mais pesam nas despesas de alguns setores. Pesquisa realizada em 2020 pelo Sebrae de Mato Grosso, por exemplo, que ouviu 354 empresas, mostrou que a energia representa 15,44% dos custos do negócio.

Os investimentos para PMEs pode incluir desde o uso de sensores de presença de luz e sistema de desligamento digitalizado até a simples substituição de lâmpadas incandescentes por modelos LED – mais econômicas e duradoras.

 

Uma das formas de se estruturar financeiramente para investir em ganhos de eficiência energética é por meio da antecipação de recebíveis. Para auxiliar o empreendedor na gestão financeira do negócio, o cliente pode, por meio de um aplicativo, fazer o controle sobre o que vende e o que recebe e ainda tem acesso ao atendimento personalizado para tirar dúvidas e negociar condições mais adequadas ao perfil do empreendimento.

 

Veja como investir para gastar menos com energia:
• Substitua equipamentos antigos que apresentem um elevado consumo de energia. Procure aqueles modelos que garantam maior eficiência energética;
• Avalie a possibilidade de instalar painéis fotovoltaicos. A energia solar tem se mostrado uma alternativa mais econômica;
• Mantenha em dia a manutenção da rede elétrica do empreendimento;
• Racionalize o uso dos equipamentos elétricos para evitar o horário de pico – das 18h às 21h;
• Ofereça aos colaboradores capacitação sobre o uso racional de insumos como energia e água;
• Invista em profissionais que possam orientar tanto sobre o uso de iluminação natural sempre que possível – seja em um comércio, em uma indústria ou em um escritório – quanto na forma mais eficiente de utilizar o ar-condicionado.

Atualmente, a energia é uma questão é tão importante que 2 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que compõe a Agenda 2030, elaborada pela Organização das Nações Unidas, tratam do assunto. A pauta socioambiental da ONU conta com 193 países signatários, entre eles o Brasil.

Não são apenas os governantes que estão preocupados com questões que podem contribuir para um planeta mais saudável – por exemplo, com o uso de energia de fontes sustentáveis. Consumidores e o setor financeiro estão cada vez mais atentos ao tema, o que colocou em destaque nos debates e nas definições de estratégia empresarial a sigla ESG (do termo em inglês Environmental, Social and Governance, ou, em português, Ambiental, Social e Governança). Esse tripé serve para mostrar quão sustentável pode ser um negócio que se compromete com o conceito.

Para os consumidores, empresas que se mostram preocupadas em colaborar com um futuro sustentável contam com mais credibilidade. Da mesma forma, investidores já perceberam que o crescimento de qualquer negócio passa pela adoção de modelos comprometidos com um planeta melhor. Nesse contexto, a energia tem papel de destaque tanto para os pequenos empreendimentos quanto para as grandes empresas.

 

Fonte: Empresas & Negócios.