A CCEE  (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), registrou uma queda de 2,0% no consumo de energia de fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, 2019. Entre os dias 1º e 29 do mês, o volume consumido chegou a 65.302 megawatts (MW) médios.

O Ambiente de Contratação Regulada – ACR apresentou retração de 3,8%, principalmente em decorrência da migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Se for excluído o impacto das migrações, o ACR registraria diminuição de 1,8%. Já o ACL teve um crescimento de 2,3% no consumo. Eliminado o impacto da entrada de novos clientes, por outro lado, haveria uma queda de 2,6%.

Desconsiderando a migração, os segmentos que registraram as maiores quedas, entre autoprodutores, varejistas, e consumidores livres e especiais, foram: veículos (- 10,0%), madeira, papel e celulose (- 7,2%), e extração de minerais metálicos (- 6,2%). Em contrapartida, os mercados de saneamento (22,1%), comércio (13,82%) e transporte (9,44%) tiveram as maiores altas.

 

Geração também no período – A geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) também apresentou diminuição no mês de fevereiro na comparação com o mesmo período de 2019. Com 69.259 MW médios, a produção registrou queda de 1,3% em relação aos 70.156 MW médios do ano passado.

Os dados constam do boletim InfoMercado Quinzenal e você pode ter as informações completas acessando aqui.

 

• Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 29 de fevereiro/2020


Dados prévios de 1º a 29/02/20 comparados com o mesmo período de 2019 (1º a 28/02/19)

Ao analisarmos o período, a geração e o consumo registraram queda de 1,3% e 2,0% respectivamente.

Em relação à geração, a queda decorre da redução de 20,1% das usinas térmicas. Já as hidráulicas, fotovoltaicas e eólicas registraram aumento de geração de 0,9%, 28% e 18,5%, respectivamente.
O consumo no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou retração no consumo de 3,8%, principalmente em decorrência da migração dos consumidores cativos para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria redução de 1,8%.
Em contrapartida, o consumo no ACL apresentou crescimento de 2,3%, ao expurgar o impacto da migração dos consumidores cativos, o ACL apresentaria queda de 2,6%. Os consumidores livres apresentaram crescimento de 0,46%, já os especiais aumentaram em 15,27%, ambos influenciados pela migração. Suprimindo tal efeito, observa-se queda de 1,8%, para os livres e 3,3% para os especiais. Os autoprodutores diminuíram seu consumo em 5,9%.

Os segmentos que registraram maior crescimento de consumo, considerando autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, foram: saneamento (22,1%), comércio (13,82%), transporte (9,44%), o aumento do consumo de energia destes setores está vinculada à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao expurgarmos o efeito da migração para o ACL, verifica-se queda do consumo na maioria dos segmentos, com destaque dos ramos: veículos (10%), madeira, papel e celulose (7,2%), extração de minerais metálicos (6,2%).

 

Informações de medição disponíveis até 29/02/2020, podendo sofrer ajustes no processo de contabilização

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas algumas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 04/03/2020;
• As análises consideram a comparação do período de 2020 em relação ao mesmo período de 2019;
• Os dados de fevereiro/2020 representam valores médios até o dia 29/02/2020;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo contabilizado em dezembro/19, foi de 2,85% e 2,95%, respectivamente;
• Os valores de consumo dos dados de contratação consideram o fator de perdas de 2%;
• Os dados prévios de geração não consideram a interligação internacional;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Fonte: CCEE.