A escassez de chuva tem se tornando um problema em todo o Brasil. O encarecimento da conta de energia elétrica se torna um reflexo previsível durante diversos períodos do ano. Isso ocorre, devido a produção brasileira ser realizada prioritariamente em usinas hidrelétricas, e com a diminuição dos níveis dos rios é necessário ativar outros modos de produção de eletricidade mais dispendiosos. Com base nisso, a produção de energia solar para atender demandas desde residências até indústrias se torna uma alternativa altamente atraente. Contudo, apesar do alívio no bolso ser um argumento muito bem recebido, os benefícios de gerar a própria eletricidade vão além e se estendem desde o cuidado com o meio ambiente até a valorização do imóvel.
A energia fotovoltaica pode ser produzida em diferentes escalas, com projetos personalizados e que atendem até 95% do consumo. Além disso, a geração não produz nenhum poluente e pode ser utilizada para atender mais de um imóvel, quando ocorre produção excedente.
A instalação precisa ser realizada por profissionais especializados, que irão estudar a melhor alternativa para o consumo médio e o local onde serão colocadas as placas. São esses fatores que irão definir o tempo de retorno sobre o investimento que em média gira entre três e cinco anos.
A produção hidrelétrica
Atualmente, a usina de Itaipu, na área binacional do Brasil e Paraguai, é responsável por suprir cerca de 15% da demanda energética do Brasil. Contudo, durante os meses de abril a outubro, a redução no volume de chuvas tende a comprometer esta produção. No mês de maio do último ano, 2018, a usina registrou a pior afluência de água dos últimos 34 anos. Essa situação tem um reflexo direto no bolso do consumidor, com a bandeira tarifária vermelha que encarece a fatura em R$ 3 para cada quilowatts/hora. O resultado foi que o governo precisou recorrer a combustíveis mais caros, como petróleo e carvão, para dar continuidade ao atendimento a toda população.
Há ainda outro aspecto importante a ser considerado com a produção de energia por hidrelétricas: o impacto ambiental. Apesar de essa interferência ser menor do que a provocada por termelétricas e usinas nucleares não se pode ignorar o alagamento de áreas para criação dos lagos que compõem a estrutura das usinas, a destruição de fauna e flora, bem como da necessidade de deslocamento de populações que antes viviam nas margens do rio para outras regiões. Durante a construção de Itaipu, o Salto das Sete Quedas precisou ser inundado. Com o dobro do volume de água das Cataratas do Niágara, entre Estados Unidos e Canadá, as maiores cachoeiras do mundo.
Emissão de poluentes
Com toda a tecnologia dessa geração, a energia elétrica foi transformada em um bem essencial para o pleno funcionamento das cidades. Tão importante quanto atender esta demanda, é criar alternativas menos poluentes, uma preocupação que tem motivado líderes mundiais a buscarem soluções para produção limpa e sustentável desse recurso desde 1972. Mais recentemente o Acordo de Paris assinado por 162 países estabeleceu objetivos de redução do aquecimento global e contenção de emissões nos próximos anos. O Reino Unido foi o primeiro país do mundo a declarar emergência climática, se comprometendo a diminuir a emissão de carbono para a atmosfera com o investimento em energias limpas e renováveis.
Aumento no preço de venda de imóveis
Para os proprietários dos cerca de 30 mil imóveis com sistemas de energia solar instalados no Brasil é que um estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou que as residências equipadas com sistema de energia solar contam com valorização de até 4% do valor de venda com relação a propriedades similares sem este tipo de tecnologia. Essa pesquisa analisou as transações sobre quatro mil casas e concluiu que os compradores estavam dispostos a pagar até US$ 15 mil a mais para aquelas cujo sistema de energia era o solar.
De acordo com o levantamento duas preocupações são comuns nessa situação: a eficiência do projeto instalado e as garantias oferecidas pela empresa que executou o serviço.
Valorização da marca de empresas e indústrias
As indústrias e o agronegócio são os maiores consumidores de energia elétrica. Isso recai também sobre esse setor a responsabilidade por atitudes ambientalmente preocupadas. Além de reduzir os custos de produção e criar um diferencial competitivo com relação aos concorrentes, pois não será necessário adquirir toda a energia para o funcionamento do negócio com a distribuidora, a utilização de energia solar atrai os consumidores que buscam por produtos fabricados com consciência ambiental.
Cuidados ao contratar um sistema de energia solar
Com adaptabilidade para diferentes ambientes e capacidade de atender até 95% da necessidade de consumo, são um dos motivos que tornam a energia solar o modelo de geração que mais cresce em todo o mundo. A contratação de qualquer projeto precisa ser realizada com prudência, buscando informações sobre a empresa que será contratada e que assegurem a qualidade dos equipamentos que serão instalados e também é fundamental o conhecimento prévio do mercado.
Fonte: G1