As poucas chuvas em 2021, que levaram a quedas do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e ativação das termelétricas, mais caras, resultaram em uma alta de preços da energia elétrica no Brasil. Segundo o estudo “Impacto Econômico do Aumento No Preço da Energia Elétrica” da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao qual a Reuters teve acesso, o alto custo do serviço resultará em uma perda de R$ 8,2 bilhões de reais no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a preços de 2020 em comparação com o que ocorreria sem a crise energética. Essa diminuição equivale a uma variação negativa de 0,11%.
Para o ano que vem, 2022, a previsão é ainda pior. A CNI calcula que o impacto deve ser de R$ 14,2 bilhões a preços de 2020, o que corresponde a um impacto negativo de 0,19%. Com a inflação no setor, a pesquisa prevê a perda de 166 mil empregos no final deste ano em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021. No próximo ano, o aumento dos custos da energia elétrica deve afetar 290 mil empregos em relação ao número de pessoas ocupadas no primeiro trimestre deste ano. Com isso, o consumo das famílias verá redução de R$ 7 bilhões de reais em 2021, a preços de 2020, como consequência da pressão dos custos de energia. A variação negativa é de 0,15%. Para o ano que vem, a queda deve ser de 0,26%, ou seja, R$ 12,1 bilhões a preços de 2020.
Fonte: Jovem Pan.