Segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance, a queda nos custos de baterias para armazenamento de energia e seu uso proliferado devem pavimentar o caminho para um futuro de geração mais limpa.

Para atender às mudanças na demanda e no suprimento, foi previsto um investimento global no aumento da capacidade de baterias de aproximadamente US$ 548 bilhões até 2050.

O relatório mostra ainda que as fontes eólica e solar devem representar 50% da geração mundial até meados do século, o poluente carvão deve encolher para apenas 11% da geração global de eletricidade no mesmo período.

Essas são as tendências que prometem sacudir o tabuleiro energético mundial nos próximos anos (segundo o estudo da BNEF):

Baterias

Foi previsto que os preços da bateria de íon-lítio, que já caíram cerca de 80% por megawatt-hora desde 2010, continuarão a cair à medida que a produção de veículos elétricos aumente ao longo dos anos, até 2020.

O estudo estima investimento de US$ 548 bilhões em baterias até 2050, dois terços disso conectados à rede e um terço instalado em residências e empresas.

Geração de Baixo Carbono

O mix de eólica e solar deverá representar quase 50% da geração de energia mundial até 2050. Isso ocorre devido à redução drástica de custos dessas tecnologias e ao advento de baterias mais baratas. Isso permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada conforme a demanda.

Nas próximas três décadas serão feitos investimentos importante e isso produzirá um aumento de 17 vezes na capacidade solar fotovoltaica em todo o mundo e um aumento de seis vezes na capacidade de energia eólica.

Indústria do carvão

As perspectivas para a indústria do carvão, ao contrário das outras, não são animadoras. O estudo estima que a queima de carvão nas usinas cairão 56% entre 2017 e 2050. Essa queda oferece uma projeção mais otimista para as emissões de carbono do que o relatório do ano passado (2017).

Ainda significaria que o setor energético global não cumpriria sua parte do esforço de manter os níveis globais de CO₂ abaixo de 450 partes por milhão, considerado suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas.

Gás

Já para o gás, o futuro é mais animador. A perspectiva é de evolução. Com um aumento na construção e utilização de usinas elétricas para proporcionar suporte para as energias renováveis, em vez de produzir a chamada eletricidade de carga base ou contínua. A geração a gás terá um aumento de 15% até 2050, embora sua participação na eletricidade global caia de 21% para 15%.

Transporte eletrificado

O crescimento do setor de transportes elétricos também influenciará o tabuleiro energético mundial, representando 9% da demanda total até 2050. Os veículos elétricos representariam 28% das vendas globais de carros novos, até 2030 e 55% até 2040. Os ônibus elétricos devem dominar seu nicho, alcançando 84% de participação global até 2030. Existe grande probabilidade do carro elétrico vingar no Brasil.

Fonte: Exame